quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O silêncio articulava-se nesses movimentos parados das almas,
numa dança infinita de olhares cúmplices.
O corpo não deixava escapar o nervoso miudinho espalhado nos seus corpos.
Todos olhavam para a boca dela,
plena de uma sensualidade de lábios mordidos pelo desejo.
O sorriso era sincero,
um sorriso como o sol da manhã,
que nos beija os olhos e nos faz renascer,
mas que uma violação fez desaparecer,
num beco sem saida.
O grito não se ouvia
e o eco fazia nascer
o trauma que nunca iria parecer.
A lua ria-se,
expremindo a emoção da noite,
finalmente vingando-se dos abusos que sofreu
por parte da donzela,
mostrando que mesmo a deusa
mais poderosa e mais bela
não é nada comparada com a fúria da noite.

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